Exame de eletroneuromiografia

Eletroneuromiografia: o que é e quando deve ser feita?

A eletroneuromiografia é um exame utilizado para a avaliação da condução nervosa e do estado dos músculos, e consegue diagnosticar lesões de nervos e doenças dos nervos e músculos.

O exame é realizado em duas etapas: na primeira fase é medida a condução dos nervos, por meio de pequenos choques elétricos aplicados neles; na segunda etapa, há análise da atividade muscular no repouso e no esforço muscular leve, por meio da introdução de agulhas nos músculos. O procedimento deve ser realizado por um médico com conhecimentos em anatomia e fisiologia dessas estruturas e das doenças que podem afetá-las.

O objetivo do procedimento é analisar a velocidade das conduções elétricas e o estado das unidades motoras, assim é possível detectar lesões do sistema nervoso periférico e muscular, localizar as lesões dentro da unidade motora e quantificar a lesão, o que permite, ao médico, fazer o diagnóstico e o prognóstico do paciente, com identificação das doenças e relativização do tempo de evolução das mesmas.

O aparelho que faz o exame consegue captar e codificar a condução dos estímulos elétricos aplicados aos nervos, além de localizar possíveis pontos de anormalidade com a ajuda de agulhas semelhantes as que são usadas na acupuntura, que também captam as descargas elétricas geradas por movimentos de contração nos músculos. Através dos sinais elétricos é possível descobrir a origem de alguns problemas nervosos ou musculares.

Convênios aceitos pela clínica

Como se faz a eletroneuromiografia?

O exame de eletroneuromiografia pode ser realizado em um consultório. O procedimento dura, em média, entre 20 e 30 minutos, onde são examinados os segmentos corporais solicitados pelo médico. O tempo do exame pode aumentar se mais de um segmento corporal for avaliado.

Não existe nenhum grande preparo prévio para o exame. A principal recomendação é evitar passar creme ou pomada sobre a pele, principalmente na região que será examinada, já que esses produtos dificultam a condutividade dos eletrodos, que serão fixados no paciente durante o exame.

Depois de cada resultado obtido, o médico determina o próximo nervo a ser avaliado. O ENMG pode ser um pouco desconfortável, mas não a ponto de chegar a causar fortes dores ou um mal-estar no paciente.

Os estímulos emitidos são pequenos choques elétricos com duração bem curta e intensidade baixa, por isso o examinado costuma identificar as contrações mais como pequenas pancadas do que como pequenos choques. Os movimentos se propagam pelos nervos e o aparelho mede a velocidade desses estímulos, o que leva a identificar possíveis pontos com problemas.

Os dados nos nervos geralmente causam redução de velocidade na propagação dos estímulos. Após esta etapa, é hora de fazer a captação da atividade muscular nos segmentos corporais afetados. A medição é feita por meio do registro das contrações voluntárias dos músculos que são examinados.

Como funciona esse exame?

Esse exame é um método de diagnóstico neurofisiológico usado para diagnosticar doenças de nervos periféricos, plexos, raízes, neurônios motores espinhais, além de músculos e junções neuromusculares.
O procedimento é realizado com um eletrodo de agulha descartável e de uso único, inserido na pele do paciente até o músculo. É possível causar pequenos sangramentos e hematomas, porém sem causar nenhum risco à saúde do examinado.

Verifique se o pedido do médico informa a região que será examinada, que poderá ser:

 Membro superior direito;
 Membro superior esquerdo;
 Membro inferior direito;
 Membro inferior esquerdo.
É comum a análise ser feita em ambos os lados, para efeitos de comparação, o que torna o diagnóstico mais assertivo.

É importante que no dia do exame o paciente esteja bem alimentado e procure usar roupas folgadas e de fácil remoção. É bom evitar calças jeans, por exemplo. Não se deve fazer uso de cremes, óleos, pomadas ou outros tipos de cosméticos nas partes que serão examinadas. É pedido que o paciente chegue com pelo menos 30 minutos de antecedência ao consultório.

Geralmente, durante o exame, são estudados entre 4 e 6 músculos por extremidade. O procedimento é bastante laborioso, bem detalhista e usa o eletroneuromiógrafo como aparelho específico para verificar a velocidade de condução elétrica e o estado das unidades motoras.

Tecnicamente, durante a eletroneuromiografia, é recomendado que seja feita a análise dos dois membros simétricos ou dos quatro membros, o que pode ser potencializado com outros segmentos ou técnicas pouco convencionais, a depender do quadro clínico do paciente.

A ENMG é indicada quando há necessidade de se estudar alguma alteração nos nervos periféricos ou nos músculos.

Como se preparar para o exame?

  • Estar bem alimentado;
  • Não fazer uso de anticoagulantes, se possível;
  • Utilizar roupas folgadas e de fácil remoção (evitar calças jeans);
  • Não utilizar cremes, óleos, pomadas ou outros tipos de cosméticos nas partes que serão examinadas;
  • Chegar com pelo menos 30 minutos de antecedência ao consultório.

Contraindicações do exame

O exame não costuma ser realizado em crianças com idade inferior a cinco anos de idade, já que ele não pode ser feito por meio de sedação, pois é necessária a colaboração consciente e voluntária do paciente. Nos pacientes entre 6 e 18 anos, o exame é realizado na presença dos pais ou responsáveis legais.

A eletroneuromiografia não pode ser realizada em pacientes que usem marca-passo e cateter intracardíaco, como próteses valvares. O procedimento também não deve ser realizado se o paciente utilizar algum anticoagulante ou se a área examinada estiver com alguma infecção na pele, como erisipela ou abcesso, trombose ou flebite.

O exame da agulha também não deve ser realizado em pacientes que foram submetidos à mastectomia com esvaziamento axilar. No caso do paciente ser portador do vírus HIV (AIDS) ou de hepatite B ou C é preciso informar ao médico, para que ele tome todas as providências necessárias para a autoproteção do paciente.

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